5/29/2014

9º ano - Europa: População da Europa está envelhecendo

A população da Europa está envelhecendo

A Europa, chamada de velho continente, parece que transferiu esse nome para sua população, tendo em vista que a população europeia está envelhecendo. Resultado da elevação da expectativa de vida, que hoje é de 77 anos, aliado ao baixo índice de natalidade.

As taxas de crescimento natural ou vegetativo se encontram em um estágio de queda. Esse fato não havia ocorrido na história, exceto por catástrofes como a peste negra e as guerras. O que se percebe nos países europeus são países que apresentam taxas de crescimento vegetativo praticamente inexistentes ou até mesmo negativas. O número de nascimentos dos países europeus não tem superado o número de mortes.

A Itália é um exemplo claro de envelhecimento da população, no país a população com mais de 60 anos supera o número de pessoas com idade inferior a 20 anos. Isso é decorrente, dentre outros fatores, do elevado poder aquisitivo, da urbanização e da nova postura da mulher na sociedade, que se inseriu efetivamente no mercado de trabalho. A mulher moderna busca a qualificação profissional, por isso permanece mais tempo estudando, colocando o casamento e a formação de uma família em segundo plano.


Atualmente, os casais demoram a ter filhos e quase sempre acontece depois dos trinta anos, em alguns casos muitos decidem não ter. Até pouco tempo os países do mundo almejavam uma queda na natalidade em nível global, mas com a queda nas taxas de natalidade e o envelhecimento da população os países têm se preocupado, isso em virtude da superação do número de idosos em relação ao de jovens. Desse modo, a minoria deverá sustentar a maioria, isso produzirá um grande desequilíbrio nas nações, por causa da sobrecarga dos sistemas previdenciários. Outro fator preocupante são as mudanças estruturais nos serviços, como o de saúde, que também fica sobrecarregado, além dos custos elevados no tratamento de doenças crônicas.

Protestos contra reforma da Previdência na Europa 


A Alemanha e a França, as duas maiores economias da Europa, vivem uma situação parecida com a do Brasil: ambas estão em meio a grandes reformas da Previdência, com cortes profundos nos benefícios, e enfrentam a reação barulhenta de sindicatos e servidores públicos.

 Na França, que teve duas greves gerais em três semanas, o governo propõe ampliar o tempo de serviço do funcionalismo de 37,5 para 40 anos e reduzir o valor das aposentadorias. A Alemanha pretende elevar a idade mínima de aposentadoria de 65 para 67 anos. Os alemães também querem reduzir em seis meses o período em que é pago o seguro-desemprego e tornar mais flexíveis as leis trabalhistas. O tamanho da encrenca pode ser medido pelo fato de um governo de direita (o francês) e um de esquerda (o alemão) adotarem a mesma solução para a crise da Previdência, questão carregada de conotações ideológicas.

Desde a II Guerra, o generoso sistema que garante a segurança do cidadão do berço ao túmulo está na base da estabilidade social na Europa. O problema é que sua manutenção se tornou cara demais para países com economia em marcha lenta, altos índices de desemprego e população envelhecida. Na França, onde 20% da força de trabalho está no setor público, quarenta anos atrás havia um aposentado para cada quatro trabalhadores. Hoje são dois na ativa para cada pensionista. 

Na Alemanha, como resumiu um ministro, quando a Previdência Social foi criada, o trabalhador sobrevivia, em média, quatro meses depois de aposentado. Agora vive vinte anos como pensionista. Também ocorreram protestos na Itália e uma greve geral na Áustria, países que estudam reformas no sistema previdenciário.

Questões:

1- Por quê o "Velho Continente" se tornou um continente velho?

2- quais as causas baixo índice de natalidade?

3- Qual a preocupação dos europeus em relação ao desequilíbrio da taxa de natalidade e envelhecimento da população?

4-De acordo com o texto, desde quando a base da estabilidade social na Europa é sustentado pelo sistema previdenciário? Que problema isso gerou?

5- O que tem feito os governos europeus rever o sistema previdenciário?

Nenhum comentário:

Postar um comentário